O diagnóstico e tratamento de pacientes grávidas apresentando quadro de cólica renal aguda permanece sendo problema para o urologista porque nestes casos a realização de exames de imagem é necessária para se realizar o diagnóstico. Se cálculo urinário estiver presente um dos três métodos mais comuns de tratamento deve ser escolhido e são, a conduta expectante, a retirada do cálculo via ureteroscopia ou cirurgia percutânea.
Na realidade nenhum dos métodos de diagnóstico e opções de tratamento era completamente satisfatório, pois sempre deixava alguma dúvida ao médico e ao paciente. Mas agora, parece que a utilização da Tomografia computadorizada de baixa dose associada a ureteroscopia pode ser usada de acordo com o artigo publicado em Novembro de 2007 no The Journal of Endourology. Os autores usaram “baixa dose de radiação, média de 0,7 rads (similar a três disparos de raios X na para realização da Urografia excretora)”. Vinte pacientes com cólica aguda na região lombar foram avaliadas por este método e cálculo urinário foi diagnosticado em 13/20 pacientes. Destas 13 pacientes, oito foram tratadas com conduta expectante inicialmente e cinco com retirada do cálculo por ureteroscopia. Das oito pacientes inicialmente colocadas em esquema de observação apenas, em duas foi necessário se indicar a retirada por ureteroscopia do cálculo no meio do caminho.
Os pesquisadores somente estudaram pacientes no 2º ou 3º trimestre da gravidez. Nas pacientes no 1º trimestre os pesquisadores sugerem inicialmente a realização de exame ecográfico antes de considerar a indicação da Tomografia de baixa dosagem de radiação. Eles também sugerem que nestes casos o radiologista calcule a dose estimada de raios X no feto antes do procedimento.
Os autores concluem que para a avaliação de mulheres grávidas com dor aguda tipo cólica na região lombar deve-se fazer um exame de ecografia antes da tomografia de baixa dose em pacientes grávidas no 1º trimestre e realizar tomografia de baixa dose nas mulheres no 2º ou 3º trimestre da gravidez.
Tradução e adaptação – Dr. Evandro de Oliveira Cunha