Olá, seja bem-vindo(a) ao Blog do Hospital Urológico de Brasília/DF, neste artigo vamos falar tudo sobre HIDROCELE, uma condição urológica relativamente comum que afeta homens de diversas idades e que, apesar de geralmente benigna, pode causar desconforto e preocupação.
O que é a HIDROCELE?
A HIDROCELE é caracterizada pelo acúmulo de líquido seroso na túnica vaginal, uma membrana que envolve os testículos. Este acúmulo forma uma espécie de bolsa ao redor do testículo, causando aumento de volume no escroto. É importante ressaltar que esse problema pode afetar um ou ambos os testículos e, embora seja mais comum em recém-nascidos, pode se desenvolver em homens de qualquer idade.
Epidemiologia no Brasil
No Brasil, estima-se que a HIDROCELE afeta aproximadamente 1% a 2% da população masculina adulta, sendo mais prevalente em homens acima dos 40 anos. Em recém-nascidos, a incidência é consideravelmente maior, atingindo cerca de 10% dos meninos a termo e até 30% dos prematuros, segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia.
Na maioria dos casos da HIDROCELE neonatal, a condição se resolve espontaneamente até os dois anos de idade. Já nos casos que surgem na idade adulta, geralmente há necessidade de intervenção médica.
Tipos de HIDROCELE
Existem diferentes classificações para a HIDROCELE, sendo as principais:
- HIDROCELE congênita: presente ao nascimento, ocorre quando o processo vaginal (canal que conecta a cavidade abdominal ao escroto durante o desenvolvimento fetal) não se fecha completamente.
- HIDROCELE adquirida: desenvolve-se em homens adultos e pode ser classificada como:
- Primária ou idiopática: sem causa definida
- Secundária: resultado de infecção, trauma, tumor ou outras condições urológicas
- HIDROCELE comunicante: quando existe comunicação entre a cavidade abdominal e a túnica vaginal, permitindo que o líquido flua entre essas duas estruturas.
- HIDROCELE não-comunicante: quando o líquido fica restrito à túnica vaginal, sem comunicação com a cavidade abdominal.
A HIDROCELE pode surgir por diversos fatores, sendo os principais:
Em recém-nascidos e crianças:
- Desenvolvimento fetal incompleto do canal que liga o abdômen ao escroto
- Fatores genéticos ou hereditários
Em adultos:
- Inflamação ou infecção do epidídimo ou testículo (epididimite ou orquite)
- Traumas na região escrotal
- Complicação pós-cirúrgica
- Tumores testiculares (em casos mais raros)
- Filariose (em regiões endêmicas)
- Insuficiência cardíaca ou hepática
- Radioterapia para tratamento de câncer na região pélvica
A HIDROCELE geralmente apresenta os seguintes sinais e sintomas:
- Aumento indolor do volume escrotal (principal sintoma)
- Sensação de peso ou desconforto na região escrotal
- Dor leve, especialmente quando o volume é significativo
- Assimetria na bolsa escrotal
- Desconforto durante atividades físicas ou relações sexuais
- Eventual dificuldade para caminhar em casos mais severos
É importante destacar que a HIDROCELE raramente causa dor intensa. Quando há dor significativa, é necessário investigar outras condições como torção testicular, orquite ou epididimite.
O diagnóstico da HIDROCELE geralmente inclui:
- Exame físico: O médico examina o escroto para avaliar o aumento de volume, realiza o teste de transiluminação (quando se direciona uma fonte de luz através do escroto e, na presença de HIDROCELE, a luz atravessa o líquido, iluminando a área).
- Ultrassonografia escrotal: Exame de imagem não invasivo que permite visualizar as estruturas internas do escroto, confirmar o diagnóstico de HIDROCELE e descartar outras condições como hérnias, varicoceles ou tumores.
- Exames laboratoriais: Em alguns casos, podem ser solicitados para investigar possíveis causas infecciosas.
Tratamentos Disponíveis
O tratamento da HIDROCELE varia conforme a causa, gravidade e idade do paciente:
Em recém-nascidos e crianças:
- Observação: Na maioria dos casos, a HIDROCELE congênita se resolve espontaneamente até os 2 anos de idade.
- Cirurgia: Indicada quando a HIDROCELE persiste após os 2 anos ou quando é comunicante, com risco de desenvolver hérnia inguinal.
Em adultos:
- Tratamento conservador: Observação em casos de HIDROCELE pequena e assintomática.
- Aspiração do líquido: Procedimento realizado com anestesia local, onde o líquido é removido com uma agulha. No entanto, a taxa de recorrência é alta.
- Escleroterapia: Após a aspiração do líquido, injeta-se uma substância esclerosante que promove a aderência das camadas da túnica vaginal, evitando o reacúmulo de líquido.
- Cirurgia (hidrocelectomia): Considerada o tratamento definitivo, pode ser realizada por diferentes técnicas:
- Técnica de Jaboulay: Envolve a eversão da túnica vaginal
- Técnica de Lord: Consiste na plicatura da túnica vaginal
- Técnica de Window: Criação de uma “janela” na túnica para permitir a drenagem do líquido
A cirurgia é geralmente realizada em regime ambulatorial ou com curta internação, sob anestesia local, raquidiana ou geral, dependendo do caso.
Possíveis Complicações
Embora a HIDROCELE seja geralmente benigna, algumas complicações podem ocorrer:
- Desconforto e dificuldade nas atividades diárias quando o volume é grande
- Atrofia testicular em casos crônicos e volumosos (raro)
- Infecção secundária
- Recorrência após tratamento, especialmente após aspiração simples
- Complicações cirúrgicas como hematoma, infecção ou lesão das estruturas adjacentes
Não existem medidas específicas para prevenir a HIDROCELE congênita. No entanto, para reduzir o seu risco, recomenda-se:
- Tratar prontamente infecções urinárias e genitais
- Procurar atendimento médico imediato em caso de trauma escrotal
- Realizar exames urológicos periódicos, especialmente após os 40 anos
- Manter hábitos saudáveis para prevenir doenças cardiovasculares e hepáticas que podem contribuir para o desenvolvimento da HIDROCELE
Quando Procurar um Especialista
É fundamental buscar avaliação médica especializada nas seguintes situações:
- Qualquer aumento de volume no escroto, mesmo sem dor
- HIDROCELE que surge subitamente em adultos
- Aumento progressivo do volume da HIDROCELE
- Dor ou desconforto associado à HIDROCELE
- HIDROCELE que não desaparece até os 2 anos de idade em crianças
- Suspeita de infecção ou outras complicações
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